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A indústria criativa e as transformações do século 21

  • Foto do escritor: REDAÇÃO SITE
    REDAÇÃO SITE
  • 25 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 26 de nov. de 2023

Quando iniciei no mundo da cultura como produtor artístico nas casas de cultura na periferia da zona leste na década de 1990, passei a ter contato com diferentes linguagens culturais e foi precisamente em uma reunião na secretaria cultura que ouvi pela primeira vez o termo Industria criativa. Confesso que a primeira impressão não foi nada boa pois associação da palavra indústria e criatividade a mim pareceu esdruxula pelo o que cada uma desta palavras representam, e ainda mais por estar impactado com o filme tempo moderno do Charles Chaplin que traz um personagem automatizado pelos meios de produção.

Passado alguns anos e tendo como base os conceitos aprofundados pela academia, principalmente na perspectiva da escola de Frankfurt que traz na critica dialética, a compreensão da importância do papel da cultura na construção de uma sociedade mais igualitária, e a dimensão do papel da criatividade como uma valor humano, e como se torna imprescindível para desenvolvimento das habilidades e competências necessária para fazer frente as transformações da sociedade do século 21 ou sociedade do conhecimento.

Essas palavras ganham novos sentidos em meio as transformações, principalmente no que se refere aos meios de produção de produtos e serviços disponíveis aos consumidores. As novas tecnologias passam a ter um papel central nesse contexto e os avanços no setor de inovação com a robótica e inteligência artificial alteram profundamente o mercado de trabalho, com a substituição de homens por máquinas dotadas de softwares que permitem essas máquinas aprenderem (machine learning) com a interação humana a desempenharem funções que antes eram realizadas trabalhadores braçais, seja no campo ou na cidade.

Esse cenário tem provocado a demissão em massa de trabalhadores em todo o mundo, sobretudo nos países em desenvolvimento no qual o Brasil se encontra. No entanto, nos países desenvolvidos, essas transformações foram assimiladas e incorporadas, principalmente no processo educacional que passam a qualificar os seus estudantes a lidarem desde muito cedo com as evoluções tecnológicas, de modo, a torná-los mais adaptáveis a essas transformações.

Não é sem razão que o termo Indústria Criativa tenha surgido no Reino Unido, pais que foi o primeiro a incorporar os conceitos da revolução industrial no século 18, e que no final do século 20, constata que os processos de produção não atendem mais as necessidades do novo milênio, sendo eles econômicos, sociais e culturais. A criatividade então passa a ter um papel central nessa nova concepção de mundo.

Esse cenário abordamos no episodio 9 do podcast A Pauta onde fazemos uma reflexão sobre a importância da compreendermos a indústria Criativa como uma possibilidade de enfrentamento desse quadro que se apresenta complexo e desafiador para todos nós e como as habilidades humanas podem fazer a diferença na geração de renda, em tempos de empregos escassos.

Agora pensar em novos modelos educacionais que reconheça o indivíduo como um ser dotado de capacidade de dar respostas novas para situações velhas e novas, reforça a importância da criatividade como um comportamento que deve ser estimulado, aprimorado e valorizado para além dos modelos conteudistas focado no acumulo de informações que na maioria das vezes não se conectam com a transformações em curso no mundo atual.


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